A fuga de quatro presos da unidade prisional de Jaraguá, no centro de Goiás, nesta terça-feira (1º) mostrou mais uma vez que o sistema prisional de Jaraguá ainda é precário, mesmo com pequenos investimentos realizados em ampliação e reforma da antiga cadeia.
Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), os detentos saíram por um buraco feito na lateral de uma cela da cadeia.
A polícia continua fazendo as buscas dos fugitivos, que até o momento já conseguiram prender três deles, sendo que dois estavam escondidos na Serra de Jaraguá, e outro estava na casa de parentes, dentro da cidade.
Construída na década de 1960, a cadeia tinha capacidade para abrigar pouco mais de 20 presos, sendo que hoje ela abriga mais de 240 presos, entre o regime fechado e semiaberto.
Buracos na parede feitos por presos não é novidade na cadeia, o que demonstra que não há estrutura capaz de conter os detentos, principalmente se houver uma rebelião no sentido de promover uma fuga em massa.
Uma nova cadeia vem sendo construída na cidade com recursos oriundos de ações penais propostas pelo Ministério Público com a chancela da Justiça e do Conselho de Segurança da Comunidade.
A população e as autoridades reclamam que não há investimento do Governo de Goiás na segurança pública no município, inclusive, o tema foi debatido entre parte da população e as autoridades em audiência pública, onde mais de 1.500 pessoas participaram, onde levaram faixas e cartazes com fotos de pessoas assassinadas na cidade, e cujos crimes não foram elucidados.
Em uma rebelião mais grave que aconteceu dentro da cadeia de Jaraguá, um detento foi morto decapitado pelos outros presos. Casos de mortes de presos são comuns dentro da unidade prisional, algumas delas são mortes naturais, suicídios e homicídios.
Foram recapturados
Fotos: Polícia Militar / Dude Bill