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Segurança e Justiça

Primo de Ronaldo Caiado vai depor sobre morte de Fabio Escobar

jorge caiado fabio escobar
Atualizado em:

 

O primo do governador Ronaldo Caiado (UB), Jorge Caiado, vai depor na Polícia Civil sobre a o assassinato do empresário Fábio Escobar, morto por policiais militares depois de denunciar um esquema de desvio de dinheiro de campanha eleitoral de Ronaldo Caiado em 2019, quando ainda era o Partido Democrata (DEM).

Morte de Fábio Escobar

A morte de Escobar foi um crime bem orquestrado, porém, deixou pistas que levou a Polícia Civil aos nomes do empresário Cacai Toledo, que também foi articulador da campanha de Caiado em Anápolis, onde aconteceu o crime.

Morto em uma emboscada armada por policiais militares em 2021, Fábio Escobar havia recebido R$ 150 mil do grupo que articulou a campanha do governador em Anápolis, dinheiro que seria para calar o empresário sobre a suposta denúncia que ele prometeu fazer contra o grupo.

Campanha política em Anápolis

Escobar chegou a pegar o dinheiro, porém, ele foi ao escritório do DEM e devolveu o valor, dizendo que ‘não se calaria diante da corrupção dentro do partido’.

A partir daquele momento, Escobar passou a receber ameaças de morte, onde enviou mensagens para Ronaldo Caiado pedido para não ser morto pela suposta influência do primo, o Jorge Caiado, mensagens que não foram respondidas.

O caso é investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), delegacia onde Jorge Caiado vai depor sobre o caso depois que o nome dele apareceu nas investigações sobre o crime, incluindo um contato que ele teve com um policial da Rotan, que tratou o caso como um engano, já que Jorge Caiado o havia confundido com o “empreiteiro da morte de Escobar”, segundo depoimento do oficial da PM à Polícia Civil.

A trama do crime

Para matar Fábio Escobar, policiais militares furtaram um celular de uma mulher acusada por tráfico de drogas e registraram um chip em nome de Escobar, que foi usado no aparelho, cujo objetivo era o de confundir as investigações, fazendo que a polícia suspeitasse que Escobar teria envolvimento com o tráfico de drogas.

A trama foi descoberta por que a mulher que teve o celular furtado por um policial militar envolvido no assassinato denunciou o caso, e, a partir daquele momento, o aparelho foi rastreado e localizado na casa de um PM, em Anápolis, onde havia conversas sobre a trama do assassinato.

Sete policiais militares foram presos no decorrer das investigações suspeitos de participarem do crime do empresário que denunciou o grupo político de Cacai Toledo e Jorge Caiado, além de outras sete pessoas assassinadas pelo grupo como queima de arquivo, incluindo a mulher que teve o celular furtado, que estava grávida de seis meses quando foi morta.

Operação Negociatas

Cacai foi preso em 2020 na Operação Negociatas, por suspeita de desvio de dinheiro na Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), onde ocupava um cargo dado por Caiado.

Na ocasião, celular dele foi apreendido. Ao buscar o telefone, a polícia viu que o aparelho estava recheado de pedidos para policiais “perseguirem, grampearem e espancarem” Fábio Escobar.

Jorge Caiado nega que teve participação no crime, justificando que realmente esteve na Rondas Ostensivas Metropolitanas (Rotam junto com Cacai, porém, não foi para tratar sobre qualquer tipo de crime, depoimento que deve ser sustentando pela defesa de Jorge no decorrer das investigações.

A produção não conseguiu contado da defesa dos citados para falar sobre o caso.

 

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