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PM morto em queda de parapente é sepultado com honras militares
Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fizeram a homenagem com uma salva de tiros, além de policiais do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT)

O corpo do sargento da Polícia Militar, Airton Alves de Sousa, (50), foi sepultado na tarde deste domingo (23), no Cemitério Santana, em Jaraguá, cidade onde o militar da reserva morava e mantinha um projeto social na recuperação de dependentes químicos.
Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fizeram a homenagem com uma salva de tiros, além de policiais do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), grupo policial onde o militar atuou como comandante, ligado ao 23º BPM, na 3ª CIA de Jaraguá.
Em relato para à equipe de reportagem, o comandante do BOPE, Tenente Coronel Giovane Rosa da Silva, que não quis gravar entrevista, lamentou profundamente a morte do colega dizendo que o militar era integrante das fileiras das forças especiais, e que ficou muito comovido pela forma como o sargento Airton era querido em Jaraguá.
A urna em que o policial foi sepultado esteve o tempo todo coberta parcialmente com a bandeira do Brasil e do BOPE.
A família recebeu homenagens e coroas de flores da Polícia Militar do Estado de Goiás, do Ministério Público de Goiás, do Clube Goiases Parapente (GPC), do BOPE e outras instituições representativas.
Morte do sargento
O sargento Airton Alves de Sousa, militar da reserva e morador de Jaraguá morreu na manhã deste sábado, (22), quando perdeu o controle do parapente que pilotava.
Segundo informações apuradas, o sargento estava a dois anos afastado do esporte que tem como ponto de partida o Parque Estadual da Serra de Jaraguá, sendo um dos mais frequentados por pilotos de todo país.
A morte ocorreu, segundo informações do médico Breno Leite, em decorrência de politraumatismo. Ainda não se sabe o que levou o piloto a perder o controle do parapente, atividade que exercia quando ainda estava atuando como policial militar.
Airton Alves era também pastor evangélico de uma denominação que leva o mesmo nome do projeto social que administrava.
Em redes sociais, o policial recebeu homenagens de policiais, delegado de polícia, promotor de Justiça e de colegas.
Durante patrulhamento, quando em atividade policial no Grupo Tático (GPT), o sargento, dentro da legalidade e na medida do possível — procurava levar pessoas dependentes de drogas a buscar apoio na instituição que presidia.
O policial e pastor tinha apoio de representantes do Ministério Público de Goiás, da Justiça e da Prefeitura Municipal por meio de convênios de manutenção e tratamento de saúde oferecido aos internos.
Por exercer atividades humanitários e sociais, o sargento Airton Alves ganhou reconhecimento de grande parte da sociedade, de lideranças e de autoridades locais.
Manutenção do Projeto Resgate
Ultimamente, o sargento vinha reclamando da falta de recursos para manter o Projeto Resgate, já que, mesmo com um convênio com a Prefeitura, os recursos eram insuficientes para manter a instituição. Ainda assim, o projeto conduzido pelo policial e pastor crescia, onde foi construido alojamentos novos e com as devidas aprovação dos órgãos de controle.
Reportagem:
Izaías Sousa