Em 1964, houve um movimento no Brasil conhecido no país como um golpe e que destituiu o então presidente da República João Goulart. A revolução de 1964 completa hoje 54 anos.
A revolução de 1964 completa hoje 54 anos
Para historiadores, a ideia de um golpe militar se tornou cada vez mais presente na opinião pública, cujo significado da palavra trás consigo a ideia da ilegitimidade e de violência, conceitos muito presente na ideologia dos que não aceitam as propostas políticas dos revolucionários, que asseguram não ter havido golpe em 1964, como é o caso do empresário e defensor da ideologia de Jair Bolsonaro, Wagner Camargo.
O termo mais aceito pelos movimentos políticos da esquerda é o “golpe”, linha de pensamento também apregoada por vários dirigentes de países da América do Sul, como na Argentina e no Chile.
Empresas e imprensa na revolução
Naquele período, houve também uma forte aliança entre os militares, empresários e setores da imprensa que também foram participantes no processo da revolução, retirando dos ombros dos militares o peso de uma marca ainda bem presente na atual sociedade, a de um movimento golpista.
O regime dos militares durou até o ano de 1985. Antes do movimento revolucionário, já em 1961, o Brasil passava por um momento conturbado: desestabilidade política, inflação e esgotamento do ciclo de investimentos do governo Juscelino Kubitschek.
Movimento financiado pelos Estados Unidos
Com inflação anual na casa de 79,9%, um crescimento econômico tímido (1,5%), o Brasil passou a sofrer restrições dos credores internacionais.
Nesse contexto, os EUA passaram a financiar o movimento revolucionário através dos governos dos estados de São Paulo, Guanabara (atual Rio de Janeiro) e Minas Gerais. Frente às pressões sofridas nos meses que se seguiram no governo de Jango.
Ao anistiar os revoltosos e passar por cima das autoridades militares responsáveis, Jango deu o último elemento necessário à realização da revolução de 1964: o apoio das Forças Armadas.
Os EUA já estavam a postos para colocar em prática a Operação Brother Sam e, em 31 de março de 1964, o pontapé foi dado pelos mineiros, sob a liderança do general Olympio Mourão Filho, que marchou com suas tropas de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro e iniciou o processo de deposição do presidente João Goulart com o apoio dos EUA e das Forças Armadas.
Revolução tirou o país da crise
Mourão Filho é citado no discurso do empresário e ex-militar do BGP, Wagner Camargo, que também defende que a revolução tirou o país da crise, com a inflação chegando aos 78%, o que, segundo o empresário, não houve um golpe como prega o grupo ligado ao ex-presidente Lula e Dilma Rousseff (PT), e sim, uma revolução em prol da libertação do país do capital estrangeiro.
O Brasil estava preste a se tornar uma República, a pedido do povo, com apoio da CNBB, da OAB e dos movimentos sociais, diz Wagner.
Não podemos ficar vinculado no grupo ligados ao PT, os chamando de “exilados”, inclusive, segundo ele, muitos deles estão governando o país com tornozeleira eletrônica.
Militares criaram 15 milhões de empregos
Wagner Camargo diz que os militares criaram mais de 15 milhões de empregos no Brasil, citando grandes empresas, como a Embratel, a Embraer, a Ponte Rio Niterói e as várias usinas hidrelétricas que movimenta até hoje a economia do país.
Wagner Camargo diz que não houve golpe, e sim uma intervenção do povo, a mesma intervenção que deve haver nas urnas para a escolha do novo presidente da Republica, citando a pessoa de Jair Bolsonaro.
“Vamos subir a rampa do Palácio do Planalto por meio da intervenção do voto”, em homenagem a revolução de 1964, comemorado hoje, dia 31 de março, concluiu.