Com a revelação dos gastos suspeitos apresentados por uma empresa de consultoria contratada na gestão de Paulo Vítor (DEM), que auditou as contas públicas no governo de Zilomar Oliveira (PSD), com estimativa de R$ 13 milhões movimentados de forma suspeita, a Câmara Municipal pode instaurar uma Comissão de Inquérito para apurar o caso.

Na prática, uma CPI instaurada pela Câmara dependeria do requerimento de 1/3 dos vereadores, no total de cinco parlamentares do legislativo municipal.   

Mesmo instaurada, a comissão poderia apontar ou não que houve gastos irregulares, e, confirmando, a Câmara poderia cassar os direitos políticos do ex-prefeito Zilomar Oliveira sem interferência na esfera dos órgãos de controle em suas investigações próprias.

Denúncia pela própria prefeitura

A denúncia dos gastos suspeitos apontados pela auditoria poderia ser encaminhada diretamente pela procuradoria da prefeitura para o Ministério Público de Goiás e para a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública, da Polícia Civil, que poderia instaurar inquérito para investigar os gastos suspeitos pela auditoria, sem depender da CPI da Câmara.

Para o presidente da Câmara, Odair Vizzado (PP), os vereadores estão analisando documentos da auditoria para colocar em votação no plenário a abertura de uma Comissão de Inquérito, desde que seja requerida por cinco dos treze vereadores.

Vizzado, em contato com a produção para falar sobre o caso, disse que os documentos que estão em análise na Câmara foi um pedido dos vereadores Luiz Macaúba (PSB), Docim e Alcion Gonsalves (PSDB), ambos da base política de Zilomar Oliveira, que defendem uma investigação isenta.