Após ação proposta pelo Ministério Público pedindo o afastamento do prefeito Zilomar Oliveira (PSDB) por improbidade administrativa, algumas medidas já começam a ser adotadas para conter gastos e cumprir com os Termos de Ajuste de Conduta (TAC).
O secretário de finanças, Wilson Martins, em entrevista à Rádio Líder, disse que, em reunião com o prefeito, a proposta de corte nos gastos foi apresentada como sendo o caminho mais viável para sanar as dividas do município com os servidores, incluindo os aposentados. O secretário chegou a colocar o cargo à disposição caso as condições apresentadas não fossem acatadas pela administração.
Segundo estimativa da Secretaria de Finança, a prefeitura deve reduzir em cerca de 30% dos gastos para colocar a folha de pagamento em dia até o fim do ano. Wilson Amaral disse ainda que a receita do município aumentou, porém, os gastos acompanharam a arrecadação.
Do outro lado, o Ministério Público de Goiás, na pessoa dos promotores Everaldo Sebastião de Souza e Priscila Leão Tuma, diz que vai recorrer da decisão da Justiça que manteve o prefeito Zilomar no cargo, alegando que o MP adotará todas as medidas necessárias, caso o descontrole financeiro continue.
Comissionados alegam que estão há três meses sem receber, já que os funcionários efetivos e os aposentados têm prioridade na folha de pagamento, disse o secretário.
O prefeito Zilomar Oliveira foi acusado pelo MP por ter praticado pedalada fiscal com recursos da Saúde, além de outros crimes previstos em lei, e, dentre eles, apropriação indébita, já que o dinheiro que era descontado na folha dos servidores e que deveria ser repassados para os bancos eram usados para outros fins.