Sexta-feira (6/10) foi um dia atípico nos bastidores da política em Goianésia. Um áudio teria sido vazado nas redes sociais e pela imprensa local, onde uma conversa comprometedora entre o ex-prefeito Jalles Fontoura (PSDB) e o vice-prefeito de Renato de Castro, o Carlos Gomes, apontava uma articulação para que a Câmara de Vereadores cassasse o mandato do prefeito Renato (PMDB).
No teor da conversa, Jalles Fontoura (PSDB) e Carlos Gomes, “tramava” uma possível articulação com vereadores para que instaurasse uma CPI, onde poderia cassar o mandado do prefeito Renato, caso o Tribunal Regional Eleitoral o absorvesse, ou para sustentar a tese de um possível crime político praticado pelo prefeito Renato durante a campanha, crime denunciado por seu próprio vice, o Carlos Gomes (DEM).
Os vereadores haviam pedido um CPI para investigar gastos do prefeito sem pedir a prestação de contas, o que não poderia ser instaurada sem a mesma.
Durante o áudio transcrito, é possível ouvir entre os interlocutores todo o enredo da trama, como considera o prefeito Renato.
Os mandatos do prefeito de Goianésia, Renato Menezes de Castro (PMDB) e do vice-prefeito Carlos Gomes de Passos (DEM), foram cassados pelo juiz da 74ª Zona Eleitoral, André Reis Lacerda. Segundo a ação, proposta pelo Ministério Público Eleitoral, os mandatos dos políticos foram alcançados com a interferência do abuso do poder econômico e fraude.
O juiz eleitoral convocou também nova eleição para esses cargos, cabendo ao Tribunal Regional Eleitoral, a designação da data para o pleito.
Segundo Renato de Castro, em entrevista, Jalles Fontoura nunca conformou em ser derrotado em Goianésia, principalmente porque o ex-prefeito tinha tudo para ser eleito, inclusive tendo o governo do Estado em sua base, disse.
O prefeito Renato de Castro disse que houve uma conspiração contra ele e contra o povo de Goianésia, cujo mandato foi conquistado nas urnas.