Prefeito justifica pandemia para cortar salários no fim de mandato

Com a pandemia do coronavírus, muitos gestores estão fechando os cofres e cortando na própria carne para justificar redução de gastos, como é o caso do prefeito Zilomar Oliveira (PSD), que enviou para a Câmara o projeto de redução de 30% dos salários dos comissionados.

Secretários e a vice-prefeita Simone Margarete também entraram na lista que vão sofrer redução salarial por 90 dias.

A medida deve durar até o final de junho, já nas vésperas da campanha eleitoral, caso não seja prorrogada, como já se discute, mesmo sendo rebatido pelo presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia (DEM).

Os demais servidores da saúde não sofrerão redução salarial, o que justificaria os gastos com a saúde pública.

A redução deve anteceder uma demissão em massa dos comissionados, devido ao próprio período eleitoral, seguindo recomendações dos órgãos de controle.

Em todo seu governo, o prefeito Zilomar Oliveira (PSD) chegou a gastar até R$ 500 mil (quinhentos mil reais) com salários de comissionados de sua base política, enquanto não pagou os direitos adquiridos dos servidores efetivos, como progressões, titularidades e incentivos, alegando estar se adequando ao índice econômico do município.

Os cargos de comissionados incharam a máquina pública e serviu de justificativa para o não pagamento dos direitos dos comissionados, incluindo o Piso Nacional dos Professores, que só foi pago depois de paralisação e protestos promovidos pela classe, índice que ainda não foi pago em sua totalidade.