Por que empresários não querem investir em Jaraguá?

O polo industrial de Jaraguá é um dilema que passa por gerações sem que haja mudanças no perfil econômico do município. O setor de confecções, embora seja a vitrine para outros estados, não representa o que ele já foi há 20 anos atrás, quando a economia era pujante.

Apoio governamental

Empresas estão pagando o preço de um setor que não recebeu investimento do governo, tanto estadual quando municipal. Não há trabalhadores habilitados e empresários estão promovendo cursos de qualificação para não ter a linha de produção parada.

A Secretaria de Indústria e Comércio não teve programas eficientes para atrair novos investidores nos três anos do governo de Paulo Vitor Avelar (UB), e nenhuma média ou grande empresa se instalou no município, ou seja, uma realidade que também marcou outras administrações, como a de Ival Avelar e Zilomar Oliveira.

Economia estagnada

Com a economia estagnada, o dinheiro que gira na cidade vem dos recursos da prefeitura e do funcionalismo, além de obras que são licitadas e acabam gerando empregos em curto prazo.

Sem programas governamentais mais robusto, o agronegócio ainda mantém a cadeia econômica girando, o que movimenta o comércio local em um ciclo constante e sem novos atrativos para investidores.

Outra demanda que afeta o município em relação a vinda de novas empresas se esbarra na questão de infraestrutura deficiente, como falta de sistema de esgotamento, a má qualidade da energia elétrica distribuída pela Equatorial e outras demandas difíceis de serem superadas.

Aliança política robusta

Na esfera política, o prefeito de Jaraguá tem um cenário favorável que joga ao seu favor, como a eleição de Lineu Olímpio para deputado estadual, a reeleição de Ronaldo Caiado para governador, e aliados que fazem base no Governo Federal, como o deputado José Nelton (PP) e outros parlamentares que destinam emendas para o município.

Se nenhuma média ou grande empresa não for instalada em Jaraguá nos próximos 5 anos, o futuro dos jovens continuará ameaçado em relação a emprego e qualificação profissional, que também é deficiente em Jaraguá, mesmo com alguns cursos oferecidos pelo Colégio Tecnológico do Estado de Goiás (Cotec).