População mostrou o poder das redes sociais em manifestação

A mancha da violência em Jaraguá provocou indignação e revolta da população que, de forma silenciosa e sem muito protocolo, conseguiu mobilizar cerca de 1.500 pessoas em uma manifestação em busca de soluções junto às autoridades.

Roubos, assaltos e homicídios foram os ingredientes necessários para comover a sociedade inconformada com o assassinato de dois jovens, ocorrido em uma mesma semana, ambas de forma violenta e sem chance de defesa para as vitimas.

Mortes de Lucas Leite e José Robson

Foi o caso de Lucas Leite e José Robson. Lucas Leite de Andrade, 25 anos, foi morto dentro de seu bar na região da Praça do Coreto, no centro da cidade, no dia 23/3.

José Robson foi morto na sexta-feira (30), por volta das 22 horas, na frente do portão da casa de sua namorada, quando fugia de criminosos que praticava roubo no setor Regina Parque.

A repercussão dos casos chegou ao conhecimento dos comandos das polícias civil e militar, além de membros do Ministério Público e da Justiça, onde compareceram na audiência pública para responder as queixas da comunidade relativas à segurança pública, bem como, apresentar possíveis soluções em curto e médio prazo.

Familiares das vítimas pediram justiça

Com faixas e cartazes, familiares e amigos das vítimas pediram justiça pelos entes queridos vítimas da violência.

Sem policiais em número suficiente para um policiamento melhor, principalmente nos bairros mais afastados, a manifestação serviu para que houvesse novos projetos de policiamento na cidade, sendo um deles apresentado pelo juiz Liciomar Fernandes.

Segundo o magistrado, ele irá formular uma proposta dirigida ao Governo de Goiás por meio da Secretaria de Segurança Pública para que a Delegacia Regional de Polícia Civil de Goianésia possa cooperar de forma mais ativa em Jaraguá, fornecendo apoio humano e logístico para o delegado Grênio Ricardo e seus dois agentes de investigação.

Reforço policial em Jaraguá

Nos próximos dias, pode haver uma espécie de “força-tarefa” por parte do serviço de inteligência da Polícia Civil de Goiânia no município, cujos detalhes não foram divulgados por motivo de estratégia de segurança.

A violência sem limite e sem hora para acontecer teve uma resposta rápida da sociedade, e mostrou que as redes sociais ganha força na promoção de atos que possam contribuir de uma forma ou de outra nos vários aspectos da sociedade, embora, essas mesmas redes sociais podem, em algum momento também, ser usada para motivar outras práticas delituosas, onde uma ou outra pessoa usa as internet para disseminar o ódio e a violência.