A Polícia Civil cumpriu na manhã desta quinta-feira (21) mandados judiciais em uma mansão no Setor Jaó, em Goiânia, durante uma operação que combate pirâmide financeira. No local funciona a empresa Kriptacoin, uma das investigadas pela fraude. Foram apreendidos documentos e computadores.
A operação, denominada “Patrik”, é chefiada pela polícia do Distrito Federal e tem desdobramentos na capital goiana. Ao todo, 13 pessoas são suspeitas de envolvimento no esquema fraudulento.
Segundo as investigações, a organização criminosa movimentou R$250 milhões a partir de investimentos de 40 mil pessoas em uma moeda virtual falsa, a Kriptacoin.
Segundo a polícia, os suspeitos devem ser indiciados por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.
De acordo com as investigações, o esquema começou a ser articulado no final do ano passado e se consolidou no DF em janeiro de 2017. Os integrantes da organização se passavam por executivos e prometiam altos rendimentos com o negócio, com ganho de 1% ao dia sobre uma moeda virtual falsa – o resgate do saldo só poderia ser feito após um ano.
Para dar um ar de legalidade, eles marcavam reuniões, faziam anúncios em outdoors e propagandas, tanto na internet quanto na televisão, além de tirar fotos com cantores famosos.
Quanto mais investidores fossem recrutados para participar do negócio, a promessa de ganhos aumentava, com bônus de 10% por pessoa cooptada. Assim, o lucro crescia proporcionalmente à quantidade de aplicações feitas na cadeia, mas era tudo um golpe.
Segundo a polícia, uma das vítimas disse que aplicou quase R$ 200 mil sem retorno e, ao tentar resgatar os valores aplicados, foi ameaçada pelos “executivos” da falsa empresa.
As apurações também revelaram que o esquema funcionava com divisão de tarefas e que contava com falsificadores de documentos. Além disso, as três empresas que vendiam o serviço, alvo da operação estão, em nomes de “laranjas”, cujo o patrimônio declarado não condiz com as movimentações financeiras.
A polícia descobriu, ainda, uma lista com cerca de 20 nomes falsos que eram utilizados pela quadrilha. As aplicações eram feitas pela internet por meio de uma plataforma digital, mas os depósitos eram feitos em contas correntes.
Do G1