Interlocutores dos irmãos Otavinho Lage e Jalles Fontoura, ambos ex-prefeitos e empresários, dizem que eles garantem que não vão disputar mandato em Goianésia em 2020 e que vão bancar, até o fim, a candidatura do delegado da Polícia Civil Marco Antônio Maia, do PSDB, para prefeito do município.
O problema é que há um drummond no meio do caminho: o prefeito Renato de Castro, do MDB. Trata-se de uma pedreira. O gestor público é carismático e é apontado como difícil de ser derrotado. Conta-se que não é apegado ao cargo e que, se não fosse o pai, que seria obcecado pelo poder, nem disputaria o pleito deste ano.
Se é muito difícil derrotar Renato de Castro, ainda mais com um político inexperiente, como Marco Antônio, o que fazer? A rigor, não se sabe.
Há quem aposte que há pelo menos cinco novos caminhos.
Primeiro, bancar Otavinho Lage para vice de Marco Antônio. O ex-prefeito é hors concours em Goianésia. Até quem não gosta dele admite que se trata de um administrador de primeira linha. Consta que até Renato de Castro, o arquirrival, gostaria de votar nele, se pudesse. A ressalva é que não quer ser candidato — nem que a vaca tussa em aramaico. Mas, como vice, ajudaria na campanha do delegado.
Segundo, a mulher de Otavinho Lage, Marília Siqueira, filiou-se ao PSDB e também é cotada para vice de Marco Antônio. Se aceitar, fortaleceria a campanha do tucano.
Terceiro, Jalles Fontoura, ex-prefeito, também é cotado para vice.
Quarto, Otavinho Lage seria candidato a prefeito, com Marco Antônio na vice.
Quinto, o grupo de Otavinho Lage e Jalles Fontoura pode tentar atrair Emerson Alves para a vice de Marco Antônio. Emerson da Autovip é o pré-candidato do Progressistas.
O que se critica em Marco Antônio? O delegado é elogiado por todo mundo, por ser considerado eficiente no combate à violência, mas sem excessos. Qual é seu problema, afinal? A rigor, três. Primeiro, o fato de Renato de Castro ser muito forte. Segundo, o fato de não ter tanta identidade com a cidade quanto seu adversário. Goianésia é bairrista: prefere um Renato de Castro, um Otavinho Lage a qualquer outro política “de fora”, um “estrangeiro”. Terceiro, Marco Antônio é visto como muito tímido.
Jornal Opção