A Operação Limpeza Geral, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) teve empresa de lixo como um dos alvos principais. A operação aconteceu simultaneamente em outras seis cidades.
Segundo as investigações do Ministério Público de Goiás, uma empresa de coleta de lixo que tinha contrato com a prefeitura na gestão do ex-prefeito Zilomar Oliveira, usava servidores públicos para a realização dos trabalhos, causando prejuízos na ordem de R$ 10 milhões, crime que teria ocorrido entre 2017 a 2020.
Quando assumiu a prefeitura de Jaraguá, o prefeito Paulo Vítor Avelar (DEM) contratou uma empresa de auditoria para fazer um levantamento nos contratos firmados na gestão de Zilomar Oliveira, quando as denúncias de irregularidade foram apresentadas ao Ministério Público de Goiás e aos órgãos de controle e investigação policial.
A empresa que prestava serviço de coleta de lixo em Jaraguá estaria usando servidores públicos para atuar no município.
De acordo com as investigações, apesar de o município ter contratado e pago as empresas investigadas, serviços foram executados por trabalhadores contratados pelo próprio município, por meio de agentes públicos ligados ao esquema ilícito.
Além de desvios de dinheiro público, a inexecução correta dos contratos gerou inúmeras paralisações dos serviços, sobretudo de coleta de lixo das ruas, ocasionando grandes transtornos à população local.