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Mitsubishi pode demitir 1.500 funcionários após corte do governo

Questionado se a Mitsubishi sai ou fica em Catalão, o vereador e sindicalista Rodrigão Carvelo disse ao Jornal Opção que a situação da montadora deve ser examinada com o máximo de cuidado

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Questionado se a Mitsubishi sai ou fica em Catalão, o vereador e sindicalista Rodrigão Carvelo disse ao Jornal Opção que a situação da montadora deve ser examinada com o máximo de cuidado. “A Mitsubishi teve um crescimento gigante — partiu do zero para 60 mil veículos em 2013. Aí investiu 1 bilhão de reais e aumentou a produção para 120 mil veículos, mas agora, em 2019, só produz 29 mil veículos (ASX, L200 e Pajero e vai produzir o Elipse Cross).

Atualmente, a capacidade usada na montadora é de apenas 20%. O grande problema, no momento, é o corte dos incentivos fiscais. O corte feito pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) vai onerar a fábrica em 8 a 9 milhões de reais por mês. A folha de pagamento dos 1500 funcionários é de 9 milhões. O sindicato fez um acordo: três meses sem demissões e prorrogou por mais três meses. No momento, portanto, não está demitindo, por causa do acordo com o sindicato.”

Rodrigão Carvelo diz que, se a emprGoverno corta incentivo fiscal de empresa que gera 1.500 empregosesa parar um dia, desconta do salário do trabalhador. “Mas pelo menos o emprego é mantido”, frisa. “A Mitsubishi não vai sair de Catalão. É mais fácil a empresa quebrar do que sair da cidade. Todos os carros da Mitsubishi passam por Catalão. Sublinho que, depois da empresa, Catalão cresceu e se tornou outra cidade, muito mais desenvolvida. A Mitsubishi chegou a responder por 51% do ICMS do município. As mineradoras estão há mais de 50 anos na cidade, mas a montadora, do ponto de vista econômico, representa mais para a arrecadação da prefeitura”.

Sobre demissões, Rodrigão Carvelo declara que “é preciso verificar que, se 1500 trabalhadores forem demitidos [a empresa já teve 3 mil funcionários] resultam em 6 mil pessoas — os contratados e seus familiares — sem assistência e o mercado local não tem como absorvê-las. Os problemas do governo aumentariam em escala local e estadual. Portanto, retirar o incentivo fiscal da Mitsubishi não prejudica só a empresa. Na verdade, prejudica muito mais gente, aliás, toda a cidade e, também, o Estado”.

Do Jornal Opção

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