Uma série de ações investigativas será adotada pelo Ministério Público de Goiás na apuração de crimes ambientais no município de Jaraguá, cortada pelos rios que alimentam a agricultura, a pecuária e a própria população.
Após uma ação do MP na cidade de Rialma, quando uma usina de cana de açúcar captava água do Rio das Almas para irrigação, ficando proibido de captação no referido rio, o promotor Everaldo Sebastião de Souza também aderiu ao movimento de caráter emergencial.
Segundo o promotor, o Rio das Almas, Rio do Peixe e outros pequenos rios e córregos que banham o município também estão passando por sérios problemas de vazão, ou seja, pouca água.
Grandes lavouras de abacaxi e melancia alimentam a economia do município, portanto, segundo o promotor, a subtração de água dos mananciais deve ser feita mediante uma licença prévia, principalmente do impacto ambiental.
Os rios da região estão praticamente com 30% do volume máximo, comprometendo significativamente o modo de vida de todos.
Além da pouca vazão de água, há ainda empresas de lavanderias que estão lançando dejetos nos rios, algo que já foi ação do MP e levou dezenas de empresários para o tribunal.
Outra empresa de laticínios também está na mira do Ministério Público, também reincidente em denúncias de contaminação de um córrego que corta a cidade.
Pela frente da ação promovida pelo MP há ainda a questão das dragas de areia, muito comum nos rios da região, consideradas como empresas extrativistas que acabam contribuindo com a retirada de água do leito dos rios, principalmente no Rio do Peixe, entre Jaraguá e Goianésia.