Depois do “libera geral”, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cortou a linha de crédito do Auxílio Brasil por meio da Caixa Econômica Federal, justificado pelo risco de inadimplência.
Empréstimo do Auxílio Brasil
Assim que Bolsonaro liberou o empréstimo, houve correria nas Agências da Caixa que chegou a tirar o sistema do ar por congestionamento.
Considerada uma medida eleitoreira do presidente, já que o Auxílio Brasil teve a linha de empréstimo liberada antes das eleições, especialistas já alertavam sobre o risco de inadimplência, embora o valor dos empréstimos é descontado no próprio Auxílio dos beneficiados.
Novas regras para o consignado
Uma lista com novas regras sobre o empréstimo consignado do Auxílio Brasil chegou a ser enviado em novembro por meio do controle interno para as agências de todo país, com novas regras para a liberação do empréstimo e uma lista de pessoas que não poderiam ter o benefício.
Segundo apurou a Coluna UOL, um servidor da Caixa, na condição de anonimato, disse que, depois das novas regras, a partir do dia 14 de novembro — nenhum empréstimo foi liberado na agência onde trabalha, sendo quase uma regra geral dentro da instituição.
Desconto na linha de crédito
Os beneficiários do Auxílio Brasil podiam fazer o empréstimo aceitando o desconto de até 40% do valor recebido, com juros no valor de 50% ao ano. Para quem precisa do Auxílio Brasil e cujo valor é insuficiente para bancar as despesas básicas, um desconto no benefício agrava ainda mais a situação.
Caixa liberou R$ 1,8 bilhão em dois dias
Nos primeiros dois dias quando foi liberado do empréstimo, a Caixa Econômica liberou R$ 1,8 bilhão para cerca de 700 mil beneficiários, valores que foi questionado pelo Ministério Público Federal (MPF) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).
“Não seria desarrazoado supor que o verdadeiro propósito dessas ações seja o de beneficiar eleitoralmente o atual presidente da República e candidato à reeleição”, escreveu a procuradoria.