A Polícia Civil já investigava Ramos Batista Carneiro, de 36 anos, há pelo menos dois meses. A suspeita era de que ele tivesse voltado às atividades criminosas que o fizeram ser preso no passado. Na manhã desta quarta-feira (30), em uma ação integrada com a Polícia Militar, em Uruana, onde morava com esposa e três filhos, o homem recebeu voz de prisão.
Ele estava com mais de 370 quilos de maconha em uma chácara que servia como esconderijo. Na ação, policiais negaram R$ 150 mil de propina, oferecida pelo suspeito.
O suspeito inicialmente foi abordado na rua, com uma porção pequena de drogas. Como já havia o monitoramento do suspeito, os policiais passaram a apurar ele e a esposa, durante interrogatório. Ambos teriam negado até que os policiais pediram para fazer uma busca na chácara que o homem mantinha na cidade.
Propina para os policiais
Segundo informações da Polícia Militar, Ramos Batista ofereceu R$ 50 mil para dar de propina aos policiais militares, que negaram aceitar. Em seguida, a caminho do local em que a droga foi encontrada, o suspeito triplicou a oferta do suborno. Os R$ 50 mil seriam pagos à vista e um dia seguinte mais R$ 100 mil seriam entregues. Os policiais, ao invés de prendê-lo somente por tráfico e porte ilegal de arma de fogo, contra ele foi acrescentado o crime de corrupção ativa, pela tentativa de suborno.
Inteligência e integração
“Foi uma ação baseada em inteligência e integração. A negativa do valor ofertado pelo criminoso não é surpresa; nós temos comandados íntegros, que respeitam a corporação e têm o propósito de proteger a população de malfeitores como esse”, disse o major Paulo Cesar Lopes, que salientou a importância do serviço em conjunto, para levar à prisão o que considerou o maior traficante da cidade.
Em um quarto, aos fundos da casa da chácara, além da maconha, policiais encontraram 16 quilos de cocaína; 13 celulares; balanças de precisão; fitas para embalar os entorpecentes; uma espingarda calibre 32 e um computador.
Do Valle Notícias