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Goiás nega dados sobre mortes ocorridas em confronto policial

Números atualizados mostram que, no Brasil, somente em 2020, 5.660 pessoas foram mortas por policiais, segundo pesquisa feita pelo Monitor da Violência

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Números atualizados mostram que, no Brasil, somente em 2020, 5.660 pessoas foram mortas por policiais, segundo pesquisa feita pelo Monitor da Violência em parceria com o Núcleo de Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Dos 27 estados que informaram os dados de mortes violentas em decorrência de ações policiais, somente o Estado de Goiás não apresentou os dados solicitados durante a pesquisa com base na Lei de Acesso à Informação.

No governo de Ronaldo Caiado (DEM), o número de mortes ocorridas em confronto policial só aumenta, mesmo que não sejam divulgados os dados como fazem outros estados, o que é perceptível por meio dos veículos de comunicação, incluindo os do próprio governo.

Mortes de policiais

Em 2020, 198 policiais foram assassinados no serviço ou de folga, com aumento de 10% em relação a 2019. Do total, 140 policiais estavam de folga quando foram mortos.

Ronaldo Caiado, quando assumiu o governo, disse que o estado não seria lugar para bandido, e que eles teriam que mudar de Goiás. A partir do primeiro dia de gestão, as mortes ocorridas em confrontos com a polícia vêm aumentando a cada dia, em todas as regiões do estado.

Se por um lado a sociedade comemora a morte de criminosos, o tema também chama a atenção pelas medidas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro quanto à liberação de registro e porte de armas de fogo, contrariando todos os modelos de prevenção contra a violência.

Estado do Amapá com mais mortes

O Amapá lidera na lista dos estados com maior número de mortos pelas forças policiais, com 110 pessoas mortas em 2020. Foi a quinta vez que o Governo de Goiás nega informações sobre pessoas mortas pelas polícias ao Monitor da Violência.

O Ministério Público de Goiás instaurou inquérito para apurar a negativa do estado em não fornecer os dados para o Monitor da Violência, considerando que não há ameaça ao sigilo das ações de segurança quando somente números de mortos são divulgados.

Izaías Sousa
Fonte: Monitor da Violência

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