Um corte de energia da Prefeitura Municipal de Jaraguá e seus órgãos conveniados, incluindo prédios de segurança pública, ocorrido nesta sexta (10) gerou uma onda de oposição nas redes sociais contra a atual gestão do prefeito Zilomar Oliveira (PSDB).
Vários vídeos circularam pelas redes sociais abordando a questão do corte, onde cidadãos atribuíram falta de responsabilidade da gestão municipal em “não pagar as contas de energia fornecida pela Enel”.
Segundo o secretário de finança da prefeitura, a conta de luz é debitada em conta, e que ele tinha certeza que se tratava de um erro técnico da fornecedora.
Já na tarde deste sábado (11), o prefeito Zilomar Oliveira, em um vídeo postado no Instagram, disse que o corte foi um equivoco da fornecedora, alegando que o município, inclusive, tinha aderido ao plano da Enel com uma contra partida do município, principalmente referente ao pagamento dos tributos cobrados pela empresa já com débito em conta.
Zilomar Oliveira, citando uma solicitação do Ministério Público de Goiás, disse que a Procuradoria do Município poderia entrar com um mandato de segurança para que a energia fosse restabelecida, porém, segundo o prefeito, não foi necessário, já que ele havia entrado em contato com a presidência da Enel e contornado a situação.
A própria energia da delegacia de Polícia Civil teve o fornecimento de luz interrompido, já que a prefeitura paga a conta de luz de órgãos do Estado, alegou o prefeito.
O Ministério Público entrou com ação contra a Enel pelo ocorrido, independente da religação ter sido efetuada, já que, segundo o promotor Everaldo Sebastião de Souza, a ação foi inconstitucional, ou seja, a interrupção de energia de órgãos essenciais de atendimento ao público não pode ocorrer de forma abrupta, incluindo o Procon.
Ação na Justiça contra a Enel
A Enel já foi autuada por duas vezes pelo Estado de Goiás por falha na prestação de serviço de energia elétrica, e a empresa já é alvo de uma CPI instaurada na Assembleia Legislativa de Goiás, onde os deputados pedem a suspensão do contrato entre o estado e a prestadora.