O episódio envolvendo a demissão da esposa do vereador Odair da Vizzado da direção de uma escola gerou desconforto para a gestão da educação municipal, vindo à tona a promessa feita pelo prefeito Zilomar Oliveira (PSDB), quando em campanha, prometeu realizar o processo de eleição para diretores.
A interferência de políticos nas escolas é um quadro comum em todo País e não é diferente em Jaraguá, já que os mandatários buscam a todo custo manter seus cabos eleitorais em cargos de confiança, em caso específico, na administração das escolas.
Escolhidos pelos pais de alunos e pelos profissionais da educação, a eleição de diretores seria um processo mais transparente e sem comprometer os gestores públicos, realidade difícil de ser encarada pela maioria dos prefeitos.
Não há ainda garantia total de que a eleição para diretores de escolas deixaria o ambiente educacional sem interferências de políticos.
Caso ocorra, certamente haverá a ação de vereadores e candidatos na busca de votos para os futuros diretores das escolas, ou seja, a lei da troca de favores ainda seria uma realidade dentro do processo.
Contudo, a eleição para diretores ainda é o melhor caminho para a transparência administrativa, pois cada profissional escolheria dentro de seus próprios conceitos seus gestores.
Além da cobrança pelo pagamento do Piso Nacional dos Profissionais do Magistério, o processo de eleição para diretores também é uma reivindicação antiga do sindicato da categoria (SINTEGO).