O Deputado Estadual Nédio Leite (PSDB) foi vaiado em audiência que discutia segurança pública na cidade de Jaraguá, município onde mora e onde foi prefeito.
A manifestação mobilizou pelo menos 1.500 pessoas ganhou forças nas redes sociais em Jaraguá e terminou com as autoridades sabatinadas pela população na noite desta terça-feira (3), na Câmara de Vereadores.
Pelo menos dois assassinatos ocorrido dentro de uma semana foi o motivador para que a sociedade reagisse e fossem para a Câmara de Vereadores na noite desta terça-feira (3), onde ouviram das autoridades os problemas e as possíveis soluções para a segurança pública em Jaraguá.
Ao ser convidado pelo juiz Liciomar Fernandes para discursar, o deputado estadual Nédio Leite foi vaiado por parte dos manifestantes presentes na audiência, onde discutia com as autoridades possíveis soluções para a violência no município.
Com três mandatos como deputado estadual pelo PSDB, Nédio Leite foi também prefeito de Jaraguá na década de 1990, onde posteriormente sua esposa Márcia Fonseca também foi eleita.
Nédio Leite não reagiu bem no discurso e respondeu às críticas dizendo que o Presidente do Conselho de Segurança da Comunidade, o advogado André Gontijo, em seu discurso, teria dito “asneiras”, quando declarou que o salário do policial em Goiás era de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).
André Gontijo (foto) disse no discurso que ele teria saído da Polícia Civil de Goiás com vergonha, não só pelo salário pago para os agentes, mas também pela forma que a instituição prestava serviço em Jaraguá, na época em que era agente.
Por sua vez, o deputado Nédio Leite, discordando da declaração do Presidente do Conselho de Segurança, disse que ele falava sem conhecimento, e que a polícia só tem em seu quadro profissionais que realmente querem trabalhar na segurança, e que, tanto na política quanto na polícia não é lugar para ninguém ganhar dinheiro se não gosta do que faz (sintetizando).
Deputado Nédio pede desculpas
Ao concluir seu discurso, o deputado pediu desculpas pela forma que se expressou, dizendo que não é de sua índole agir de tal forma.
No fim da audiência pública, uma fala do Cel. Barros, do 23º Batalhão amenizou a situação do deputado, quando pediu ao juiz que conduzia a audiência para falar sobre o salário dos policiais.
Segundo o comandante Barros, o salário de R$ 1.500,00 era pago para quem estava na condição de praça, cargo inicial dentro da PM. Para os policiais formados (soldados), o salário é de aproximadamente R$ 5.000,00 (cinco mil reais). “Foi por uma questão de justiça dizer isso”, concluiu o Cel. Barros.