O mais famoso médium do Brasil, João de Deus, vem sendo alvo de denúncias de mulheres que dizem ter sofrido algum tipo de assédio sexual por parte do médium que há mais de 40 anos vem oferecendo tratamento espiritual na Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia de Goiás.
A repercussão do caso veio novamente à tona após uma reportagem do Fantástico, quando algumas mulheres deram entrevista sobre o caso como vítimas do médium João de Deus.
Milhares de pessoas passaram pela Casa Dom Inácio de Loyola em busca de uma cura para suas doenças, crendo nas entidades espirituais que João de Deus diz receber para realizar cirurgias invasivas a olho nu sem uso de medicamentos, como anestesia e equipamentos médicos.
João de Deus, o médium, é investigado por uma força tarefa criado pelo Ministério Público de Goiás para apurar as denúncias que já somam 40 casos. A Polícia Civil de Goiás colocou à disposição um E-mail para receber denúncias.
O médium é conhecido em vários países do mundo por suas supostas curas espirituais. A Casa Dom Inácio recebe pessoas de todos os níveis sociais, inclusive personalidades políticas, empresários, artistas da música, do esporte e da TV.
As práticas de curas espirituais usadas por João de Deus nem sempre são aceitas pela comunidade espírita, já que a Federação Goiana do Espiritismo, entidade que representa os médiuns, disse que as orações e sessões espirituais devem ser feitas em locais abertos, na presença de outras pessoas, diferente da forma usada pelo médium João de Deus, que fazia alguns atendimentos em seu gabinete, somente com o paciente, muitas delas mulheres, momento em que as vítimas declaram que havia o assédio.
Na Casa Dom Inácio, na cidade de Abadiânia de Goiás, os frequentadores eram orientados a comprar medicamentos naturais que seriam “abençoados” pelas entidades no processo de cura dos pacientes, cujos recursos, segundo a direção da Casa, eram doações dos frequentadores.
O médium já havia sido absolvido pela Justiça goiana em uma denúncia de ato libidinoso contra uma adolescente de 16 anos em 2008, quando em 2013 foi considerado inocente das acusações.
A Polícia Civil (PC) divulgou também o número de telefone para receber denúncias, além do E-mail abaixo:
Telefone: (Disque Denúncia), (62) 3201-1140.
E-mail: denuncias@mpgo.mp.br
Izaías Sousa