Delegado pronuncia após vídeo da morte de Lucas ter vazado

O compartilhamento de imagens seja estáticas ou não são objetos que podem servir de investigação policial em casos de crimes, como o que aconteceu nesta sexta-feira, (23), quando Lucas Leite foi morto a tiros dentro de seu bar, na Praça do Coreto. Delegado pronunciou após vídeo da morte de Lucas ter vazado.

Uma câmeras de segurança gravou o momento em que o atirador dispara contra a cabeça de Lucas Leite, onde foi visto por centenas de pessoas pelo aplicativo WhatsApp.

Segundo o delegado Glênio Ricardo, da Polícia Civil de Jaraguá, o fato de o vídeo ter vazado pode atrapalhar as investigações.

Vídeo vazado de grupo da segurança

Segundo a autoridade policial, o vídeo, que é objeto de auxilio às investigações, a princípio, estava em um grupo onde só há policiais e outras autoridades, e que por descuido de algum profissional ele teria vazando para redes abertas.

No caso de uma investigação criminal, as imagens de câmeras de segurança são as maiores aliadas das polícias, porém, o controle pela guarda do material do circuitos de segurança é do proprietário dos sistema ou da empresa responsável, quando for o caso do serviço de vigilância privada. No caso da morte do mantenedor do sistema de segurança, a família passa a ter a guarda legal do conteúdo.

Elas só podem ser compartilhadas ou divulgadas com autorização do mantenedor do sistema. Caso houve autorização, não há crime em divulgar, o que ocorre geralmente por meio da imprensa. Ainda assim, nem sempre há bom senso por parte das pessoas ou de profissionais, que acabam divulgando conteúdo que mais atrapalha a polícia do que ajuda.

Divulgação de conteúdo sem autorização

Divulgar conteúdo com cenas de violência ou que expõe a integridade física ou moral das pessoas pode, em algum momento, configurar crime contra a imagem e até contra a honra, o que só a autoridade policial pode tipificar por meio de uma apuração mais detalhada sobre cada caso.

Lucas Leite foi morto dentro de seu bar, por volta das 23 horas desta sexta-feira (23), na Praça do Coreto, horas depois que a Polícia Militar havia feito uma blitzen nas imediações do local do crime, por volta das 20 horas.