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Segurança e Justiça

Ministro da Justiça gerou crise na segurança em vez de administrá-la

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Uma declaração sem precedentes de uma autoridade de Estado gerou crise na cúpula da segurança pública do Rio de Janeiro, com efeitos em cascata nos demais órgãos de segurança em nível nacional. O Ministro da Justiça gerou crise na segurança em vez de administrá-la.

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que comandantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro estariam associados com o crime organizado, e que o governo do Rio não tem controle da Polícia Militar.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tratou o caso como uma inversão de valores, ou ainda como uma empolgação juvenil, o que não justifica pela própria idade do ministro.

Uma declaração tão negativa e bombástica de um alto representante da segurança pública compromete a estrutura do governo na questão de ordem nacional, gerando instabilidade nos comandos de polícias.

Segurança pública se faz, em primeiro plano, com gerenciamento de crises, sejam elas internas ou externas, no sentido de garantir a própria governabilidade, no caso da Presidência da República, da Secretaria Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça e do Gabinete de Segurança Institucional, instituições que as forças policiais estão subordinadas.

Em vez de gerenciar crises, que são muitas, o ministro da Justiça escolheu o caminho oposto, ou seja, provocou uma crise sem precedentes, o que pode comprometer severamente as organizações policiais e governamentais.

O quadro só pirou porque o ministro praticamente generalizou os graves problemas de segurança pública no Rio de Janeiro, quando várias ofensivas estão sendo usadas para combate ao crime organizado naquele Estado, incluindo uma força tarefa com participação de procuradores.

Torquato Jardim pode amenizar o desastre provocado por suas declarações, caso apresente provas, ou seja, elas dariam peso à suas acusações, ao mesmo tempo em que tornaria a crise gerada por ele em um fato concreto e drástico.

No bojo da segurança pública não há espaço para a promoção de guerra interna e institucional, sob pena de desestabilizar o sistema, alarmando a população e gerando desconforto entres os países com alianças diplomáticas com o Brasil, além de estar sob o olhar atento da Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades de Direitos Humanos.

Izaias Sousa
Historiador e Especialista em Segurança Pública
izaias-sousa@uol.com.br

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