O odontólogo Wander Machado Silva Belo deixa a pasta da Saúde com elogios prestados por vereadores e lideranças políticas de Jaraguá. Sua saída foi comunicada nesta terça-feira (10) e confirmada por amigos próximos do empresário.
Wander assumiu a pasta da Saúde no início da gestão do prefeito Paulo Vítor Avelar (DEM) com a promessa de que ficaria por pouco tempo, embora houvesse informações de que pressão política acelerou o processo para que o odontólogo deixasse o comando da Saúde mais cedo do que o previsto.
Aliados de peso na administração
Considerada uma das pastas mais complexas da administração, seguida pela Secretaria de Educação, Wander Belo conseguiu a simpatia da maioria dos servidores efetivos da pasta, o que lhe garantiu uma governabilidade interna sem muito tumulto e com aliados de peso dentro do sistema, além de ter mantido uma boa relação com os secretários e vereadores.
Sem mencionar publicamente que houve interesses pessoais para deixar a pasta, o ex-secretário deve seguir a vida como profissional da odontologia e empresário, mas deve continuar auxiliando o atual grupo político ligado ao ex-prefeito e atual presidente da Ceasa, Lineu Olímpio de Souza.
Sucessora de Wander
Pela terceira vez à frente da Secretaria Municipal de Saúde, quando assumiu a pasta pela primeira vez na gestão de Lineu Olimpio, entre 2008 a 2010, e no governo de Ival Avelar, entre 2013 a 2014 — lhe rendeu histórico positivo na política, secretaria que deve ser presidida por sua cunhada, a odontóloga Ludmila Machado (foto), que coordenava o Programa de Saúde Bucal na gestão de Wander.
Nos bastidores, comenta-se que havia certo desconforto por parte de Belo na Saúde devido a interesses políticos que seria difícil de ser administrado, embora ele não confirmasse quais seriam as pressões inerentes ao processo administrativo comentado nos bastidores.
Sua passagem pela segunda vez como secretário de Saúde foi tão positiva quanto à primeira, embora os desafios fossem maiores devido à pandemia da Covid-19, quando os gestores ficam entre a cruz e o punhal, ora defendendo o interesse público, outras vezes frente aos interesses eleitoreiros e empresariais, levando em consideração aos constantes decretos de restrição de comércio.