Já considerada uma das maiores operações policial na busca de um criminoso em Goiás, a ação das polícias civil e militar mobiliza mais de 200 homens em uma caçada quase cinematográfica por Lázaro Barbosa de Souza (32), além dos próprios riscos que ameaçam tantos os policiais envolvidos quando os próprios moradores da região do entorno do Distrito Federal.

Lázaro Barbosa é um criminoso contumaz, habilitado a matar pessoas por onde passa de forma fria, calculista e cruel, aponta as investigações. Ele também emprega rituais de magia negra durante os crimes, além de ser um psicopata de extrema periculosidade, diz a polícia.

Histórico de crimes

No histórico do criminoso, constam homicídios cometidos no Estado da Bahia, quando também ficou escondido na mata por 15 dias, a mesma estratégia que vem usando para escapar da força de captura de Goiás, que conta com homens da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária, Força Nacional e Polícia Federal.

O secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Rodney Miranda, manifestou total apoio à equipe de policiais, inclusive rebatendo críticas do governador do Distrito Federal que havia dito, durante entrevista, que Lázaro Barbosa estava ‘fazendo as polícias de boba’, o que não foi bem digerida por Ronaldo Caiado, governador de Goiás.

Experiente em fuga

Rondiney Miranda, em vários momentos, disse que o criminoso era mateiro, treinando em andar em regiões de mata e rios, com muito conhecimento na área onde foi visto nos últimos dias, inclusive quando estava com uma família refém nas margens de um córrego quando foi abordado por policias e, após troca de tiros com a equipe, conseguiu fugir do cerco.

Uma coisa é certa: as forças de segurança que procuram Lázaro Barbosa já sabem que não podem o subestimar, com risco de perder a própria vida, como aconteceu com dois policiais que foram atingidos pelo criminoso no primeiro confronto na mata, que por sorte sobreviveram.

Leonardo Pareja

O caso lembra outro criminoso que desafiou as forças de segurança publica de Goiás, o Leonardo Pareja, quando o mesmo, em 1996, fez reféns autoridades do Poder Judiciário no momento em que visitavam as instalações do antigo Cepaigo, complexo prisional de Aparecida de Goiânia.

Sua história criminal era cheia de detalhes que daria um filme, não somente pela sua forma de agir e conquistar fãs como também sua capacidade em liderar grupos de criminosos, além de utilizar técnicas para fugir da polícia, escapando de cercos e usando pessoas como escudo humano.

Leonardo Pareja era um psicopata, porém, evitava matar suas vítimas, preferido usá-las para se galgar da polícia e usufruir de seus bens para bancar suas aventuras enquanto era procurado pelas forças de segurança de Goiás.

Criminoso popular

Por driblar a polícia em vários momentos, Pareja até conseguiu fãs, antes mesmo das redes sociais fora da era da internet, quando admiradoras, na maioria jovens adolescentes enviavam cartas para o complexo prisional endereçadas para o bandido de maior sucesso em Goiás, com direitos a momentos de entrevistas em rádios e TVs durante sua fuga.

No caso de Leonardo Pareja, suas fugas foram interrompidas em Porangatu, quando foi preso pela polícia e levado novamente para o Cepaigo. Em dezembro de 1996, Pareja foi morto por cinco presos que suspeitaram que ele houvesse entregado para a direção um plano de fuga do grupo, colocando fim na história do criminoso mais popular de Goiás.

Leonardo Pareja