Perito e auditor diz que finança da prefeitura está em calamidade

O auditor público e perito forense Valdir Lemes França, responsável pela auditoria das contas públicas da prefeitura – diz que ficou surpreso ao abrir cada gaveta dos órgãos públicos municipal, consideradas por ele como sendo as ‘caixas-pretas’ da gestão do prefeito Zilomar Oliveira (PSD).

Segundo o auditor, uma gestão se faz com planejamento, falando nos repasses para educação, saúde e para a Câmara. Com os dados do Tribunal de Contas dos Municípios, o índice de gasto com pessoal passou de 73%, considerado exorbitante pelo especialista, alegando ainda que a prefeitura hoje está em estado de calamidade.

Prefeitura negativada

A prefeitura de Jaraguá está negativada junto ao Governo Federal, não podendo captar recursos junto à União, sendo esta uma missão da Procuradoria Geral do Município para regulamentar, disse o perito e auditor.

Em sua fala, o prefeito Zilomar Oliveira não teve preocupação de pagar parte da folha de pagamento dos funcionários, que passaram o fim de ano sem dinheiro.

Além dos servidores públicos, há inúmeros fornecedores que não receberam, como oficina mecânica, supermercados e outros.

As dívidas foram aparecendo na medida em que cada gaveta era aberta, disse o perito e auditor, considerado por ele como uma tragédia.

No balanço geral, segundo a equipe de auditoria, o total da dívida chega a R$ 22.721.363, 17. A dívida previdenciária é de R$ 3.298.117,20. Somente com a União, a Prev deve R$ 12.709.011,56.

Já a folha de pagamento dos servidores públicos ativos, o valor da dívida é de R$ 2.190.941,22, enquanto que, para os inativos, a dívida chega a R$ 1.305.029,08, totalizando mais de R$ 3,5 milhões.

Na pasta da saúde, presidida pela a esposa do ex-prefeito, Rúbia Oliveira, a dívida deixada pela gestão de Zilomar Oliveira é no valor de R$ 1.143.523,95.

Em saldo disponível, os cofres da prefeitura têm hoje o valor é de R$ 82.000,00, insuficiente para pagar os salários dos servidores públicos que ficou atrasado, referentes aos meses de novembro e dezembro de 2020.

 “Zilomar Oliveira foi um bom prefeito. Bom para sua família, já que ele pagou suas próprias férias acumuladas no valor que superou a casa de R$ 200 mil’, disse.