Fechar o comércio não é bem visto por políticos em ano eleitoral

Prefeitos têm dificuldade em editar decretos mais rígidos e que possam resguardar o contágio com a Covid-19 por vários motivos, e um deles é contrariar eleitores em ano eleitoral.

Em Goiás, vários municípios não vão seguir o decreto que será publicado pelo Governo de Goiás, alegando que estão mantendo o controle das atividades, além de apresentar planos de segurança em saúde com normas do Ministério da Saúde.

Deixar a responsabilidade por conta dos órgãos de controle do estado ainda é uma alternativa seguida por diversos prefeitos e secretários de saúde. As atividades vem sendo feita pela Polícia Militar.

Em tempos de crise econômica, os gestores evitam falar em interdição do comércio, preferindo adotar medidas mais brandas, como educação em saúde, o que não resolve a questão da aglomeração de pessoas.

Restando pouco mais de três meses para a campanha eleitoral deste ano, a pandemia da Covid-19, de certa forma, atormentou os políticos, principalmente os que estão sofrendo pressão do Ministério Público e da classe empresarial sobre o fechamento doo comércio.

Se os prefeitos editam decretos mais brandos, correm o risco de serem punidos com base nos casos de infecção pelo coronavírus sem que o município possa lidar com a situação de emergência em saúde, como em Jaraguá, que os casos de infecção comprovada já somam 12.

Caso reforçam medidas de fiscalização a autuação, temem perder votos e aliados ligados ao comércio, além da própria opinião pública. Nestes casos, as ações do Ministério Público e da Justiça são fortes aliados da saúde pública na questão de eficiência e resposta mais imediatas dos gestores públicos.