Com fugas constantes e com uma construção precária, da década de 1960, a cadeia de Jaraguá já é considerada uma das piores do Estado pela falta de estrutura e segurança para os detentos e para os profissionais da segurança prisional.
No ultimo fim de semana, pelo menos 5 presos acusadas por crimes de roubo de gado fugiram por um túnel cavado de dentro da cela, o que expõe a fragilidade da cadeia, e também de medidas mais rígidas de vigilância interna.
No paliativo em busca de soluções em curto prazo e sem custeio do Estado em política de segurança prisional, uma nova cadeia vendo sendo construída na cidade por meio de recursos diretos de ações penais promovidas pelo Ministério Público de Goiás com autorização da Justiça e do Conselho de Segurança da Comunidade.
No auge da insegurança prisional, a população já presenciou quadro que só era visto em presídios das grandes cidades, como decapitação de um preso que aconteceu na cadeia do município.
Transferência e resgate de presos
Detentos de maior periculosidade já foram transferidos para unidades prisionais com maior nível de segurança no sentido de controlar a questão da criminalidade na cidade, porém, a questão das fugas ainda é um problema a ser superado pelas autoridades e gestores públicos.
Resgates de presos também apontam o quadro de insegurança vivida pelos agentes prisionais.
No último caso, ocorrido em dezembro de 2017, um preso de alta periculosidade foi resgatado por comparsas, onde na ocasião outros 14 detentos fugiram. Dias depois, membros do grupo foram mortos em um confronto com policiais na cidade de Caldas Novas, cerca de 400 km de Jaraguá.
A omissão do Estado na segurança prisional e aliado à falta de recursos da prefeitura na construção de um novo presídio é apenas um quadro que aponta para uma “bomba relógio” prestes a explodir, expondo a sociedade e os profissionais que ali trabalham em risco diário.