Promotor fala sobre gráfica que produzia material de campanha em Jesúpolis
Uma denúncia levou o Ministério Público e a Polícia Civil a uma fábrica de sapatos na cidade Jesupolis, distante a 37 km de Jaraguá, nesta quinta-feira (5) para apurar a existência de uma gráfica de produção de material de campanha eleitoral.
Uma denúncia levou o Ministério Público e a Polícia Civil a uma fábrica de sapatos na cidade Jesupolis, distante a 37 km de Jaraguá, nesta quinta-feira (5) para apurar a existência de uma gráfica de produção de material de campanha eleitoral.
Segundo informações do Promotor Everaldo Sebastião de Souza, em contato com a produção do Jaraguá Notícia, a fábrica de sapatos deveria funcionar em um galpão fornecido pela Prefeitura de Jesúpolis em regime de comodato, no sentido de gerar emprego e renda para o município, e era administrada pelo empresário Guilherme Fayad e Semi Gidrão.
Após ser informado de que no local era produzido material de cunho político, o prefeito de Jesúpolis procurou o Ministério Público de Goiás e comunicou sobre o ocorrido, além de registrar um Boletim de Ocorrência, afirmando que não sabia que o material era produzido no local cedido para uma fábrica de calçado.
Com base em uma denúncia, a Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público de Goiás, foi acionada e, ao chegar ao local, um farto material de campanha eleitoral foi encontrado no prédio, com fotos do pré-candidato a deputado estadual Guilherme Fayad (DEM), que também é empresário do setor de laboratório médico, em Jaraguá.
Havia também a produção de uma revista do pré-candidato, onde ele aparece em fotos ao lado do também pré-candidato ao governo de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
Segundo o Promotor Everaldo Sebastião, a princípio, os envolvidos podem responder por crimes de improbidade administrativa, no caso de confirmação da participação do gestor público que cedeu o prédio; por propaganda eleitoral extemporânea; por abuso do pode econômico, por crimes eleitorais e outros.
Pelo lado criminal, os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, estelionato e outros, que ainda vão ser apurados no decorrer da investigação, disse o promotor.
Everaldo Sebastião disse que não é possível ainda prever a culpabilidade dos envolvidos, já que eles ainda serão ouvidos no decorrer das investigações. Se os pré-candidatos provarem que não sabiam que no local era usado para fabricar material de campanha, tudo será analisado, disse.
Todo o material foi apreendido e levado para a Delegacia de Polícia Civil de Jaraguá, que segue com as investigações.