“Crimes em Jaraguá estão dentro das estatísticas”, diz comandante

Uma declaração do comandante da Polícia Militar, coronel Barros, vinculada pela Rádio Sucesso, na manhã desta terça-feira (10), não agradou parte da população revoltada pela onda de furtos e roubos que acontecem na cidade.

Segundo o coronel Barros, do 23º Batalhão da Polícia Militar e que comanda também a 3ª Companhia da PM na cidade, os crimes que vêm ocorrendo estão dentro das estatísticas, comparado com outras cidades com o mesmo número de habitantes.

A declaração não agradou parte da população, sendo que algumas pessoas manifestaram contra a posição do comandante, alegando que os números da criminalidade falam por si só.

Sociedade está alarmada

Na ocasião o Cel. Barros disse que não há motivo para que a sociedade ficasse alarmada, movida por alguns formadores de opinião, assegurando que a Polícia Militar está trabalhando para melhoria na segurança ostensiva mesmo com o pequeno número de policiais.

Há ainda a proposta de que Jaraguá receba uma unidade da academia de formação de policiais, o que daria maior sensação de segurança na cidade, principalmente pela movimentação de militares entre os civis, intimidando de forma natural as ações dos criminosos, projeto sem data para ser concretizando.

Violência descontrolada na cidade

Embora a fala do Cel. Barros tenha respaldo técnico, inclusive com apoio de membros do Ministério Público e da Justiça, a população não aceita qualquer afirmação que possa dar sustentação de que não há violência descontrolada na cidade por falta de policiamento.

Entre 2011 e 2012, por exemplo, foram registrados entre 14 e 17 assassinatos por mês em Jaraguá, época considerada como o pior momento da segurança pública no município.

Para quem estuda o fenômeno da criminalidade, considera que, em muitos casos há especulação que acaba alarmando a população, principalmente em cidade pequena, onde as redes sociais acabam sendo usadas para difundir tais opiniões, sem levar em consideração as estatísticas usadas na fala do Cel. Barros.