O afastamento do desembargador Adriano Roberto Linhares pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) provocou manifestações diversas em redes sociais após o caso ser repercutido pela imprensa.
Desembargador pediu o fim da PM
A fala do governador Ronaldo Caiado (UB) pedindo o impeachment do magistrado e em defesa da Polícia Militar levou alguns deputados a falarem sobre o caso na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na sessão desta terça-feira (7).
Em uma sessão de julgamento no TJ-GO, o magistrado Adriano Linhares julgava o caso de PMs que entraram em uma casa sem mandado judicial, buscando por um motorista que teria realizado uma forte frenagem, o que ele considerou uma medida desnecessária.
Declaração do juiz
“Aqui vai uma reflexão pessoal: para mim tem que acabar com a Polícia Militar e instituir uma forma diferente de atuação na área da investigação e repressão ao crime”, disse o desembargador.
A declaração custou o afastamento do juiz após o governador Ronaldo Caiado defender a PM e pedir uma apuração rígida do TJ para apurar as declarações do desembargador, a quem Caiado chamou de “inconsequente”.
Afastamento estimulado por Caiado
Para o deputado Mauro Rúben, ele disse ser “um absurdo” afastar o desembargador por “criticar entradas não autorizadas”. O afastamento, disse, foi estimulado pelo governador Ronaldo Caiado, o que, argumentou, fere a separação dos Poderes.
Por outro lado, o deputado Paulo Cezar (PL), argumentou que a fala do desembargador era direcionada a uma parcela reduzida da polícia “que tem demonstrado comportamento inadequado envolvendo abusos e agressões a cidadãos inocentes”.
Atos contra a integridade
Ele defendeu a corporação e criticou os indivíduos que cometem atos contra sua integridade. “É crucial que reconheçamos a importância da instituição, e também combater aqueles que desonram a farda e a missão da PM”, disse, ao manifestar solidariedade ao desembargador Adriano Roberto pelo afastamento do cargo.